terça-feira, 15 de abril de 2008

a foto escolhida para o blog



O momento captado mostra o médio do Benfica no Estádio da Luz depois de ter marcado o segundo golo contra o FC Copenhaga. A expressão de Rui Costa é enigmática. De certa forma, também é reveladora de uma maneira particular de estar no futebol, íntegra e apaixonada. Não conseguimos recordar com rigor o antes e o depois deste instantâneo. Vimos os golos em repetição televisiva. Vimos o jogo a espaços. Ainda assim arriscamos uma leitura deste rosto de grito contido, de herói carismático.

Rui Costa não é um jogador novo. Já não é um jogador rápido. E aguenta com dificuldade os 90 minutos de uma partida. Mas tem, dos pés à cabeça, duas características que o transformam num jogador raro nos relvados portugueses: experiência e inteligência.

Durante esta época toda, parece que Rui Costa foi um dos poucos a remar contra a maré, ou seja, a remar contra a mediocridade em que está mergulhada a sua equipa.

Esta cara tem um olhar incerto, abstracto, para lá do círculo do estádio. É um olhar perdido de alguém que foi reencontrado por milhares em êxtase à sua volta, por milhões a olhar para si.


Como quem diz: “contem comigo, estou aqui!”.